Commercial awareness e a advocacia empresarial

Commercial awareness e a advocacia empresarial

Termos em inglês não deveriam ser rotina, mas muitas vezes o são, então faço uso deste para introduzir este artigo: Commercial awareness – ou seja em tradução livre – conhecimento do mercado.

Nos EUA e Europa algo muito comum e ofertado como um diferencial na advocacia empresarial: Advogados que além do direito, conhecem o mercado.

Um interessante artigo nos demonstra esta realidade:

Há tempos, uma das funções fundamentais de advogados que lidam em um ambiente empresarial é semelhante a de bombeiros: apagar incêndios. Já há algum tempo, porém, os advogados vêm progressivamente acumulando essa função com a de prevenção de incêndios. Muitos clientes corporativos já entendem o valor dessa atividade. No entanto, para exercê-la com competência, os advogados precisam entender o funcionamento e a cultura do mundo dos negócios — tanto quanto ou talvez mais do que entendem o mundo jurídico.

Essa é uma nova tendência do mercado em alguns países, que pode se propagar pelo mundo. Nesses países, o processo de entrevista para contratação de novos advogados — e também de estudantes de Direito para estágios — está mudando. Os entrevistadores estão mais preocupados, agora, em apurar o nível de conhecimento do candidato sobre negócios do que sobre sua formação jurídica.

Por que isso é importante? Por que os clientes corporativos esperam que seus advogados não cuidem apenas de problemas jurídicos, mas que os ajudem a cumprir seus objetivos empresariais, como desenvolver seus planos de negócios, crescer, obter lucros consideráveis, satisfazer as expectativas dos acionistas etc., sem que isso se transforme em uma corrida de obstáculos jurídicos.

(…)

Existem áreas que parecem não estar ligadas diretamente à atividade empresarial. Família, por exemplo. No entanto, se o cliente for um empresário, no caso de um divórcio, há muita coisa que se saber sobre sua vida empresarial e sua empresa. Imprensa? Empresários têm de lidar com ela constantemente, sem cometer deslizes.

Criminal? Um advogado tem de conhecer, no mínimo, a cultura de negócios de seu país. Saber que seu cliente, se for por exemplo uma construtora, terá enormes dificuldades de obter um contrato se não pagar propinas a administradores de empresas públicas ou políticos. Saber como prevenir imputações criminais, nesse caso, é outra história.

Nos EUA e em alguns países da Europa, as bancas se referem a esses conhecimentos como commercial awareness, que poderia ser traduzido, livremente, como “percepção do mundo empresarial”. Envolve conhecimentos básicos de economia, de mercado (local, nacional e internacional) e conhecimentos comerciais específicos do ambiente empresarial em que os clientes da banca atuam.

Com essa “percepção”, o advogado pode colocar em perspectiva, para o cliente, como sua assessoria jurídica pode afetar o funcionamento da empresa e sua tentativa de cumprir seus objetivos empresariais — lucro, crescimento, satisfação dos clientes e dos acionistas etc.

“Hoje, fazemos poucas perguntas técnicas. Estamos mais interessados em perguntar o que são os Brics, o que significa mercado emergente, por que as empresas estão interessadas em vender seus produtos na Índia e na China, quais foram as principais consequências da crise financeira de 2008 e o que a causou, por que ‘austeridade’ é a palavra da vez em administração e outros tópicos cobertos pela mídia regularmente”, disse o sócio da Freshfields Bruckhaus Deringer, Adrew Austin, encarregado da contratação de advogados, aos sites All About Law e Law Careers.Net.

Essa percepção do mundo empresarial, somada à percepção do mundo empresarial da banca e do mundo jurídico a sua volta, não significa que o advogado tem de ser um guru econômico. Significa que tem de ser “atualizado”, tanto quanto está atualizado em futebol, sem ser técnico, ou nas fotos das ex-BBBs, sem ser fotógrafo ou jornalista de entretenimento.

Essa “atualização” (que, em termos populares se traduz como “estar por dentro”) não é uma coisa que se adquire às vésperas de uma entrevista de emprego. É resultante, como sempre, do hábito da leitura das seções de “Economia”, “Negócios”, “Mundo” e similares dos jornais e websites. E, principalmente, de publicações especializadas em economia e negócios.

Entre as publicações internacionais, os recrutadores recomendam ler o Financial Times, o The Economist, o The Wall Street Journal e seus respectivos twitters, entre outras. Publicações desse quilate trazem informações preciosas para advogados que querem atuar no mercado internacional.

Leia artigo completo aqui: http://www.conjur.com.br/2015-out-30/bancas-exigem-novos-advogados-percepcao-mundo-negocios

 

E a pergunta é: O que temos buscado de conhecimento diferencial do direito para crescermos?

Quais revistas, sites, blogs, artigos, notícias você quer saber mais sobre possíveis áreas de clientes que pode ser útil pra você ou para o seu negócio?

Hoje em dia não basta o feijão com arroz… Um incremento pode ser a diferença entre ficar com o cliente ou ele ir experimentar outra comida fora.

#PenseNisto

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Artigo escrito por Gustavo Rocha

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