Empresas da construção civil ajustam jornadas para superar Covid-19

Empresas da construção civil ajustam jornadas para superar Covid-19

As medidas de restrição de circulação foram tomadas em cidades de todo o país com o intuito de reduzir a circulação do coronavírus Covid-19, que já contaminou mais de 1 milhão de pessoas em todo o mundo. Várias empresas tiveram que fechar a produção ou reduzi-la drasticamente.

A construção civil é um destes setores mais impactado com a parada forçada. Empresas de diversos portes e diversas áreas já sofriam com a estagnação do setor que vem ocorrendo nos últimos 4/ 5 anos.

Uma estimativa feita pelo Instituto Aço Brasil (IABr) indica que a indústria do setor deve ter uma redução de consumo em cerca de 40% durante o segundo trimestre deste ano, o que deve causar uma queda estimada em 20% nos indicadores das produtoras de aço em 2020.

A Gerdau, que mantém usinas no interior de Minas Gerais, anunciou que vai reduzir a sua produção em toda a América Latina. “Essas iniciativas se devem à redução da demanda principalmente nos setores da indústria e da construção civil”, comunicou a empresa.

O Sinduscon-RS, sindicato que representa os empresários ligados a construção civil no Rio Grande do Sul, e o STICC, responsável pelos trabalhadores, entraram em acordo, no fim de março, para reduzir a jornada e os salários dos profissionais, além de separação de profissionais em escalas para evitar o contato.

Outra medida adotada foi a diminuição de empregados no manuseio de concreto, instalação de piso e cabos, equipamentos industriais e outras tarefas dos canteiros de obras.

A empresa MRV, responsável por grandes lançamentos imobiliários e com cerca de 30 mil funcionários, revelou que não faz parte dos planos fazer demissões pelos próximos dois meses.

“Queremos garantir que as pessoas tenham emprego, dar segurança para elas. Isso vai custar dinheiro para a empresa? Vai. Mas não vamos demitir, por enquanto”, revelou Eduardo Fischer, copresidente da MRV.

Governos municipais e estaduais estão liberando obras que tenham como objetivo melhorar as instalações de saúde, segurança e educação, suspendendo demais atividades dos profissionais da construção.

As medidas devem ser re-avaliadas durante o mês de abril, mas a retomada do setor passará por investimentos públicos em grandes obras, o que ajudará a movimentar a economia nos meses sucederem as ações contra a Covid-19.