Exposição excessiva à luz de aparelhos eletrônicos pode causar danos à visão

Exposição excessiva à luz de aparelhos eletrônicos pode causar danos à visão

Já reparou quanto tempo as crianças e jovens têm dedicado às telas de smartphones, tablets, computadores ou televisores? Uma pesquisa do Centro de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) — TIC Kids Online — estima que oito em cada dez crianças e adolescentes (82%) com idades entre 9 e 17 anos são usuários de Internet no País. Já um levantamento feito pela Viacom em 2017 aponta que crianças brasileiras entre 2 e 5 anos passam 50% a mais de tempo por semana na internet do que a média global. Sinal dos tempos, o uso constante desses equipamentos tem ampliado o número de pessoas com problemas na visão, com incidência maior exatamente nessas faixas etárias, conforme ressalta o Dr. José Marcos Resende, especialista do Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem, empresa do Grupo Opty.

De acordo com Dr. José Marcos Resende, a luz desses aparelhos pode ocasionar danos à visão. “Já foi comprovado por estudos que o efeito da radiação emitida pela luz azul de TVs, celulares, computadores e tablets pode gerar nas células da retina uma fototoxicidade, uma lesão semelhante à queimadura solar na pele”, afirma o especialista, que também aponta outras questões.

Consequências – Um estudo publicado recentemente na Ophthalmology, a revista da Academia Americana de Oftalmologia, trouxe evidências de que pelo menos parte do aumento mundial da incidência de miopia, dificuldade em enxergar ao longe, tem a ver com o novo meio de entretenimento da garotada. No Brasil, em 2014 um estudo realizado pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia já mostrava que 21% das crianças entre 9 e 13 anos que utilizavam computador, videogame ou afins por seis horas ininterruptas desenvolveram algum grau de miopia.

“Para cada idade existe uma recomendação do tempo ideal para a utilização dos eletrônicos. O oftalmologista pode orientar os pais quanto a esses limites”, alerta o Dr. José Marcos Resende. O especialista do Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem também recomenda atividades ao ar livre como forma de evitar ou frear o desenvolvimento da miopia, uma vez que esse problema de refração está relacionado não somente a fatores genéticos, mas também com aspectos ambientais/comportamentais.

O uso excessivo dos aparelhos eletrônicos também pode acarretar outras implicações. “Em frente às telas desses aparelhos, piscamos menos e exigimos dos olhos mais foco, causando fadiga, ardor, coceira e ressecamento dos olhos. É muito importante piscar de forma correta e constante para ter uma boa lubrificação dos olhos”, conta o especialista.

A sensação de olho seco pode levar a outro problema: a coceira. “É muito importante prestar atenção se a criança ou jovem coça os olhos com frequência e desestimular esse hábito. Esse comportamento aparentemente inofensivo podelevar à deformidade na córnea, com risco de ocasionar ceratocone, uma alteração na córnea caracterizada pelo afinamento e aumento da curvatura do tecido, levando à diminuição da visão”, explica o oftalmologista do Grupo Opty. Até pouco tempo, essa doença era considerada rara, mas o número de casos vem crescendo ano a ano e é a principal causa de transplante de córnea no Brasil. Atualmente, de acordo com o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), a incidência é de 1 caso a cada 2000 pessoas.

O diagnóstico de problemas visuais gerados pela exposição excessiva a tela de eletrônicos é feito em consultas periódicas com um especialista. “Ao sinal de qualquer incômodo, o recomendado é realizar uma avaliação com o oftalmologista para orientação e indicação do tratamento que proporcione conforto e proteção à luz. É possível encontrar no mercado, inclusive, lentes fotossensíveis que se ajustam à luminosidade do ambiente”, diz o oftalmologista do Sadalla.

Dicas para o dia a dia

  • O uso de tablets e celulares por crianças de 2 a 5 anos não deve ultrapassar uma hora por dia.
  • Faça a criança realizar atividades em ambientes externos diariamente, por, no mínimo, 40 minutos.
  • Monitore se a criança ou jovem não aproxima demais dos olhos os celulares, tablets, computadores e livros — eles devem ser mantidos a uma distância mínima de 30cm da face.
  • Incentive intervalos frequentes enquanto estiverem utilizando esses equipamentos. A cada 20 minutos, retirar o olhar da tela e focalizar objetos distantes, por cerca de 20 segundos.
  • Ajustar as configurações de brilho e contraste das telas também é uma alternativa para preservar a saúde dos olhos.

Projeto Olhares – Em 2019, o Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem está dedicando atenção especial aos cuidados com os olhos em bebês, crianças e jovens. Por meio do Projeto Olhares, pretende-se levar informação a pacientes, gestantes, pais e educadores, com o intuito de colocar em foco a importância da saúde ocular nessas faixas etárias.

Sobre o Sadalla

Desde 1942, o Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem, situado em Joinville (SC), faz o melhor para a saúde ocular dos brasileiros. Seu compromisso é oferecer o que há de mais moderno nas técnicas para o tratamento e cuidados com os olhos. Atualmente, em uma estrutura com 10 mil m² distribuídos em quatro andares, 47 consultórios, seis salas cirúrgicas, dois centros de exames e diagnóstico e dois consultórios de Pronto Atendimento, são realizadas em torno de 10 mil consultas e 1.300 cirurgias ao mês. Considerado centro de referência na oftalmologia brasileira, o Hospital está sempre investindo em tecnologia, na qualificação de sua equipe médica e na excelência do atendimento, que são corroboradas pela Certificação da ONA Nível 3. Para continuar crescendo, o Sadalla se uniu, em 2017, ao maior conglomerado de oftalmologia da América Latina, o Grupo Opty. Para mais informações, visite www.sadalla.com.br.

Sobre o Opty

O Grupo Opty nasceu em abril de 2016 a partir da união de médicos oftalmologistas e do fundo de investimento Pátria, dando origem a um negócio pioneiro no setor oftalmológico do Brasil. O grupo aplica um novo modelo de gestão associativa que permite ampliar o poder de negociação, o ganho em escala e o acesso às tecnologias de alto custo, preservando a aplicação da oftalmologia humanizada e oferecendo tratamentos e serviços de última geração em diferentes regiões do País. No formato, o médico mantém sua participação nas decisões estratégicas, mantendo o foco no exercício da medicina.

Atualmente, o Grupo Opty é o maior grupo de oftalmologia da América Latina, agregando oito empresas oftalmológicas, 1400 colaboradores e 400 médicos oftalmologistas. O Instituto de Olhos Freitas (BA), o DayHORC (BA), o Instituto de Olhos Villas (BA), o Hospital Oftalmológico de Brasília, o Grupo INOB (DF), o Hospital de Olhos Santa Luzia (AL), o Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem (SC) e o HCLOE (SP) fazem parte dos associados, resultando em 19 unidades de atendimento.

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