Metaverso pode trazer incremento às empresas de e-commerce

Metaverso pode trazer incremento às empresas de e-commerce

Indústria de realidade aumentada e virtual projeta um crescimento de 54% até 2026, alcançando a marca de 372 bilhões de dólares.

A tecnologia do metaverso tem se destacado como um potencial impulsionador para as empresas de e-commerce, abrindo novas perspectivas para a experiência do consumidor e promovendo maior segurança nas transações online. De acordo com  estudo da Invesp, a indústria de realidade aumentada e virtual projeta um crescimento expressivo, com uma taxa de crescimento anual composta estimada em 54% até 2026, alcançando a marca de 372 bilhões de dólares.

A América Latina, em particular, é apontada como a região que mais deve se beneficiar, com um crescimento projetado de 77%. De modo geral, 61% dos entrevistados pela pesquisa dizem que preferem comprar em sites e plataformas que contam com a tecnologia da realidade aumentada.

Vale lembrar que o metaverso vai além de ambientes de realidade virtual. É uma experiência compartilhada e colaborativa, permitindo que múltiplos usuários interajam em tempo real. No contexto do e-commerce, isso se traduz em lojas virtuais mais envolventes, em que os clientes podem explorar produtos e serviços num ambiente virtual tridimensional, oferecendo uma experiência de compra diferenciada.

Essa tecnologia permite aos consumidores experimentarem os produtos antes de adquiri-los, como visualizar móveis em sua própria sala ou provar roupas virtualmente. O recurso também oferece benefícios para as empresas de e-commerce ao permitir uma coleta mais eficiente de dados e informações sobre o comportamento do consumidor, possibilitando uma personalização estratégica das ofertas e aumentando as chances de conversão.

Fronteira virtual no mundo do e-commerce

O metaverso, conceito criado pelo escritor Neal Stephenson em seu livro “Snow Crash” em 1992, ganhou notoriedade em outubro de 2021, com o anúncio de Mark Zuckerberg e a mudança de nome do Facebook para Meta. A empresa investe bilhões para popularizar a experiência virtual, lançando plataformas como Horizon World, Horizon Venues e Horizon Workrooms, além de disponibilizar óculos VR mais acessíveis pela Quest.

A Meta já conta com 300 mil usuários desde dezembro de 2021 e espera alcançar cerca de 1 bilhão de usuários realizando compras no metaverso até o futuro próximo, de acordo com declaração de Zuckerberg à imprensa em junho de 2022.

Segundo a Gartner, até 2026, espera-se que 25% das pessoas passem pelo menos uma hora por dia no metaverso para trabalho, compras, educação ou entretenimento. A questão levantada é: como as pessoas e empresas podem se adaptar a essa nova realidade virtual em constante evolução?

Recentemente, a Shopify, renomada empresa canadense de comércio, divulgou seu relatório de tendências para o e-commerce em 2023 e destacou o metaverso como um fator-chave para o avanço do comércio digital. Nessa esteira, um estudo realizado pela Pesquisa CapTerra em janeiro revelou que 87% dos respondentes brasileiros manifestaram interesse em comprar por meio da realidade virtual, mostrando entusiasmo do mercado nacional em adotar essa inovação. O número é o mais alto entre os países que participaram do estudo.

Para que as empresas de e-commerce possam usar a tecnologia do metaverso em suas lojas virtuais, é importante criar ambientes digitais interativos e imersivos, a fim de que os clientes possam explorar os produtos de forma mais realista e dinâmica, mesmo estando em suas casas. 

Infraestrutura e disponibilidade são desafios importantes 

Embora o metaverso prometa revolucionar o e-commerce, também apresenta desafios significativos. Um dos principais obstáculos é a infraestrutura tecnológica necessária para sustentar essa experiência virtual imersiva.

A atuação de especialistas, portanto, torna-se crucial para trilhar esse caminho e enfrentar os obstáculos. Profissionais como desenvolvedores e cientistas da computação, que trabalham com dados e informações para aprimorar a experiência do usuário no metaverso, sustentam a revolução do comércio virtual. O que faz um cientista da computação, por exemplo, é essencial nesse contexto, pois ele tem expertise na criação e otimização de plataformas complexas. 

A disponibilidade de dispositivos de realidade virtual e aumentada, como óculos VR, ainda pode ser um entrave para uma adoção em larga escala. Além disso, garantir a segurança das transações e dos dados dos usuários no ambiente virtual é uma preocupação fundamental para as empresas, uma vez que o metaverso pode abrir novas possibilidades para atividades fraudulentas.

Nesse percurso, ferramentas fundamentais para o comércio online, como estatística e ciência de dados, são utilizadas para a análise e compreensão do comportamento do consumidor, tornando possível a oferta de produtos e serviços personalizados.

É importante ainda equilibrar a inovação tecnológica com a acessibilidade e a usabilidade para atender a diversos perfis de consumidores. Especialistas acreditam que, enquanto o metaverso avança rapidamente, os desafios de integração, regulamentação e educação dos usuários também devem ser enfrentados para que a realidade virtual se torne uma parte consistente e bem-sucedida do comércio digital.

Assim, o metaverso é considerado uma nova fronteira no e-commerce, em que a realidade virtual se funde com a realidade física, proporcionando uma experiência de compra inovadora e imersiva. Conforme estudiosos do tema, com a rápida evolução da tecnologia, é esperado que o metaverso se torne uma parte cada vez mais integrada do cenário do comércio digital, trazendo benefícios tanto para os consumidores quanto para as empresas.