Vale a pena advogar de forma autônoma?

Vale a pena advogar de forma autônoma?

Dra. Tainara de Matos Umeyama é reconhecida no meio de advocacia por seu trabalho na área cível, em especial na de Família e Sucessões. Em entrevista, compartilha os bastidores de sua carreira e responde: Vale a pena advogar por conta própria? Saiba mais.

O advogado familiarista é o profissional que atua em um dos ramos mais sensíveis do Direito, o de Família e Sucessões. Seu trabalho é focado nos casos, litigiosos ou não, que envolvem todas as questões relacionadas aos núcleos familiares e à proteção dos direitos dos nascituros, crianças e jovens. Como também no que concerne às situações relacionadas à reprodução humana, que acabam por envolver o ramo de direito de família em que pese pertencer ao ramo de Direito Público.

Nesta área de atuação, Dra. Tainara de Matos Umeyama vem fazendo história. A advogada, com pós-graduação em Direito Constitucional, e pós-graduanda em direito de família e sucessões, respondeu um bate papo direcionado a todos aqueles que estão prestes a se formar ou já formados e muita das vezes não estão motivados para iniciar na advocacia.

Como foi a sua jornada?

“O exercício da advocacia veio para mim de forma muito natural após eu ter me formado. Passei no exame da ordem ainda no 10º período do curso de Direito, então quando me formei e peguei minha carteira profissional já tinha clientes.”

E completa:

“Sempre ouvi de vários profissionais que o mercado não era fácil, entretanto para mim nunca foi difícil. Na verdade, o maior desafio que venho enfrentando é o “tempo”, que muitas das vezes é consumido rapidamente, e consequentemente nos esgota na mesma velocidade. Mas vamos deixar esta parte para outro momento.”

Tainara-matos-Umeyama

Com base na sua experiência, qual dica é a mais eficiente para estudantes calouros de direito?

R: Primeiro, não tenham medo, não dêem ouvidos àqueles que querem te desmotivar. O exercício da advocacia de sucesso depende de você. Depende de você começar, confiar nos 5 anos dedicados à profissão, e se especializar, não parar de estudar. Para terem ideia, na minha primeira audiência minha carteira da Ordem sequer havia sido expedida ainda, tive que apresentar uma certidão (a OAB/SP expede a certidão para que possamos iniciar, devido a demora na confecção e agendamento da solenidade), mas nada me abalou, eu estava preparada, e foi o que meu deu segurança.

Para a Dra. Tainara de Matos Umeyama é aí que está o segredo. Na preparação. Segundo a especialista, estudar o processo, se encher de confiança e transmitir isso ao cliente, faz as coisas funcionarem de forma mais positiva. 

“Foi a partir da minha primeira audiência que decidi qual seria meu ramo de atuação, já que até então eu não tinha certeza de nada. Pois, assim como muitos recém-formados que podem estar lendo esta matéria, quando eu me formei me perguntei “e agora?”. Relata.

Advocacia-e-assessoria-juridica

Como prosseguir depois da formatura?

R: Agora é dedicar seu tempo a se autopromover, mostrar às pessoas que você já está advogando, escolher o seu foco de atuação e seguir nele até que seus primeiros clientes batam à sua porta. E ao escolher sua área de atuação é importante verificar se você tem perfil para atuar na área, pois muito do seu sucesso dependerá disso.

E por fim, qual é o seu nível de satisfação em relação à carreira que escolheu seguir?

R: Tenho muita satisfação em ser advogada, a profissão me traz retornos que vão além dos financeiros. E por isso posso dizer com convicção, a advocacia pode ser sim lucrativa e ao mesmo tempo prazerosa.

Entretanto, a satisfação profissional plena, que considero como a soma da satisfação profissional e financeira, é uma construção que depende dos fatores tempo, dedicação e empenho, para, então, se ver cumprindo de forma prática e positiva com o dever de ser essencial à administração da justiça.

Para seguir: @tainaraumeyama.adv 

Site: https://taggo.one/tainarau